"...
Se ao menos eu tivesse uma religião qualquer!
Por exemplo, por aquele manipanso
Que havia em casa, lá nessa, trazido de África.
Era feiíssimo, era grotesco,
Mas havia nele uma divindade de tudo em que se crê-
Se eu pudesse crer num manipanso qualquer - Júpiter, Jeová, a Humanidade -
Qualquer serviria,
Pois o que é tudo senão o que pensamos de tudo?
..."
(Álvaro de Campos, in "Poemas")
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